Atividade Física e Qualidade de Vida: Explorando Teoria e Prática

Atividade Física e Qualidade de Vida: Explorando Teoria e Prática

Ano publicação: 2004
ISBN: 1594-6 
Editora: Manole

Aguinaldo Gonçalves &  Roberto Vilarta, (Orgs.)

O livro contempla na primeira parte a apresentação e discussão de conteúdos sobre as identidades e os indicadores nacionais e internacionais da qualidade de vida, as concepções básicas voltadas para o tema da saúde além das relações entre condições de vida, modo de vida e estilo de vida influenciando a qualidade de vida. Inova também ao estabelecer bases de conhecimento sobre aspectos da imagem corporal, a importância da ergonomia e as relações existentes entre a saúde e os interesses de trabalhadores e as corporações do mundo do trabalho. Num segundo módulo explora as relações presentes na prática da atividade física e do lazer, segundo aspectos multidisciplinares presentes na qualidade de vida sobre as questões organizacionais, lúdicas, na ação comunitária, na educação física escolar, sobre as demandas específicas da terceira idade e da aptidão física.

 

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Resumo de alguns capítulos

Qualidade de vida: identidades e indicadores

Gonçalves, A. ; Vilarta, R. Qualidade de vida: identidades e indicadores. In: Gonçalves, A.; Vilarta, R. (orgs). Atividade física e qualidade de vida: explorando teoria e prática. Barueri, MANOLE. 2004. p 3 – 25.

O capítulo expõe conjunto de indicadores nacionais e internacionais utilizados na avaliação de aspectos sobre a qualidade de vida de populações e em abordagens individualizadas que consideram, em especial, facetas subjetivas de pessoas ou pequenos grupos consideradas situações como a avaliação clínica ou pesquisa sobre domínios em condições adaptativas à atividade física, uso de medicamentos, participação em ações de lazer. Os principais indicadores são descritos focados em relação à saúde como componente da qualidade de vida. Entre estes destacam-se: Índice de Desenvolvimento Humano,Índice de Desenvolvimento Tecnológico, Índice Paulista de Responsabilidade Social, Índice de Deteriorização da Vida, Índice de Sustentabilidade Ambiental e Índices Genebrinos. Também são apresentados indicadores que relacionam a saúde aos interesses da qualidade de vida: Sistema de Vigilância de Fatores de Risco, Inquérito Nacional de Saúde por Entrevistas, Perfil de Impacto de Doenças, Whoqol-100, SF-36, QALYs, DALYs, HeaLYs, Carga Global de Doença e coeficiente de Gini.

 

Qualidade de vida: concepções básicas voltadas à saúde

Vilarta, R. ; Gonçalves, A. Qualidade de vida: concepções básicas voltadas à saúde. In: Gonçalves, A.; Vilarta, R. (orgs). Atividade física e qualidade de vida: explorando teoria e prática. Barueri, MANOLE. 2004. p 27 – 62.

O capítulo apresenta e discute os múltiplos significados do termo “qualidade de vida” considerando aspectos das condições materiais e não-materiais, as diferenças condicionadas às faixas etárias e as condições de saúde de populações. Explicita as diversas facetas da vida consignadas aos domínios físico, psicológico, dos níveis de independência, das relações sociais, da dimensão ambiental e da religiosidade, além de outros domínios da qualidade de vida relativos à saúde, função física, bem-estar e saúde mental. Desenvolve também uma interpretação da qualidade de vida e da promoção da saúde discutindo o valor das condições de vida e das políticas públicas de saúde sobre os investimentos e responsabilidade do estado em ações de educação, saneamento, imunização, suprimento de alimentos e água potável e no tratamento e prevenção de doenças comuns.

 

Condições de vida, modo de vida e estilo de vida

Vilarta, R. ; Gonçalves, A. Condições de vida, modo de vida e estilo de vida. 
In: Gonçalves, A.; Vilarta, R. (orgs). Atividade física e qualidade de vida: explorando teoria e prática. Barueri, MANOLE. 2004. p 63 – 78.

O capítulo caracteriza e diferencia as principais nuances do estilo de vida, visto como hábitos aprendidos e adotados relacionados com a realidade familiar, ambiental e social em contraste às condições de vida proporcionadas pelo estado como as oportunidades de educação, condições de trabalho e cuidados para a saúde. Descreve etapas de metodologia conhecida para adequação do estilo de vida aplicável em situações onde seja desejável a adoção de novos hábitos e comportamento como, por exemplo, para incentivar e consolidar a prática da atividade física. Discute o impacto das bases funcionalistas desses procedimentos, no âmbito epidemiológico, para alteração de indicadores da prevalência e incidência de agravos. Amplia o entendimento sobre estilo de vida, modo de vida e condições de vida ao expor conceituação sobre o “modelo do campo da saúde” difundido para explicar a contribuição de outras variáveis como a biologia humana, o ambiente e a organização do sistema de saúde sobre a incidência e o prognóstico das doenças crônicas.

 

Qualidade de vida e o mundo do trabalho

Vilarta, R. ; Gonçalves, A. Qualidade de vida e o mundo do trabalho. In: Gonçalves, A.; Vilarta, R. (orgs). Atividade física e qualidade de vida: explorando teoria e prática. Barueri, MANOLE. 2004. p 103 – 139.

São tecidas considerações sobre a importância dos programas de qualidade de vida no ambiente laboral a partir de diversas abordagens que incluem a responsabilidade social das empresas para com os trabalhadores, a família e a comunidade. São definidos os principais problemas e variáveis relacionadas à saúde, principais agravos e doenças, incidências quanto à idade, gênero, nível social e status profissional. Aborda-se a questão das condições de risco no local de trabalho e a história das principais linhas programáticas, desde a década de 1960, para aplicação de ações de prevenção às condições de risco, custos a elas relacionados, benefícios de médio e longo prazos, em especial para as condições de estresse excessivo, pressão sangüínea elevada, uso do tabaco, distúrbios osteoarticulares da coluna vertebral, sobrepeso e obesidade, abuso do álcool, abuso de drogas, depressão e problemas da saúde mental. São consideradas, ao final, as questões que atingem, em especial, a ética corporativa, profissional e social sobre o tratamento institucional da saúde do trabalhador, o tipo de ações que se deseja no ambiente laboral e as possibilidades de atuação com envolvimento do coletivo dos trabalhadores.

 

Ergonomia e a qualidade de vida no trabalho

Vilarta, R. ; Moraes, M. A. A. Ergonomia e a qualidade de vida no trabalho. In: Gonçalves, A.; Vilarta, R. (orgs). Atividade física e qualidade de vida: explorando teoria e prática. Barueri, MANOLE. 2004. p 141 – 161.

O capítulo desenvolve conceitos da ergonomia, sua história e define os principais objetos de sua prática como do ambiente de trabalho, análise do trabalho, carga de trabalho, os aspectos físicos e sensoriais, dados da legislação e normas vigentes no país. Discute-se também a importância da ergonomia como uma abordagem metodológica, dirigida à compreensão das relações estabelecidas entre o homem e os sistemas de trabalho, os desafios de adotar uma estratégia de ação integrada envolvendo os principais fatores que atuam nesse processo, a influência da inovação tecnológica, da rapidez na comunicação e da adequação das dimensões corporativas às exigências do mercado. Destaca-se assim a variabilidade individual como um importante fator de influência sobre a produção, estando os resultados do processo produtivo vinculados especialmente às condições de risco e qualidade dos produtos e serviços.